LIMEWIRE ACCELERATION PATCH 4.9.7

| segunda-feira, 29 de setembro de 2008 | 0 comentários |

LimeWire Acceleration Patch é um módulo para o aplicativo de compartilhamento LimeWire, desenvolvido para resolver problemas como: downloads lentos, desconexões e congestionamento de tráfego, executando melhorias na velocidade de downloads.

O programa aumenta a velocidade dos downloads de 200% a 400%, de acordo com os testes do fabricante. LimeWire Acceleration Patch limpa automaticamente os downlodas finalizados e arquivos com erros, pode ser operado pela barra de sistema e é muito fácil de usar.

Continua downloads interrompidos, busca novas fontes automaticamente e salva as configurações e alterações que executou.

Idioma: Portugues
Tamanho: 2.01 MB
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WINDOWS SERVER 2008

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O Microsoft Windows Server 2008 é a próxima geração do sistema operacional Windows Server, que ajudará os profissionais de tecnologia da informação (TI) a maximizar o controle sobre suas infra-estruturas, enquanto fornece capacidades de gerenciamento e disponibilidade sem precedentes, proporcionado um ambiente de servidor significantemente mais seguro, confiável e robusto do que nunca.

O Windows Server 2008 agregará novos valores à organização, assegurando que todos os usuários, independentemente da localização, sejam capazes de obter todos os complementos de serviços a partir da rede.

O Windows Server 2008 também fornecerá profunda compreensão do sistema operacional e capacidades de diagnósticos para permitir que os administradores gastem mais tempo agregando valor corporativo.


Idioma: Português BR
Tamanho: 2.7 GB
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Windows XP SP3 PT-BR ORIGINAL

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Não foi retirado absolutamente nada, apenas foi acrescentado o SP3 ( Service Pack 3 ) que foi disponibilizado direto do site da Microsoft.


Idioma: Português
Tamanho: 587 MB
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STARDOCK OBJECTDOCK PLUS v1.9 FINAL

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ObjectDock é um programa que permite que você organize seus atalhos e tarefas em execução substituindo a barra de ferramentas e o menu Iniciar do Windows, deixando tudo com um visual mais moderno e com ícones que mudam de tamanho quando você passa o mouse sobre eles.

O programa é super limpo, pode ser personalizado de diversas formas, e ocupa pouquíssima memória. Eu estive usando o Rocket Dock por um bom tempo. A média de gasto de memória dele é mais ou menos de 13Mb, sempre.

O Object Dock chega a usar 14Mb quando você o usa continuamente, porém quando ele está em repouso, seu uso de memória cai pra 2Mb, 1Mb.


Idioma: Inglês
Tamanho: 20.0 MB
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TYPLE 2.0 COMANDOS POR VOZ

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Não seria ótimo você ordenar com a sua voz que seu computador abrisse qualquer aplicativo e ele obedecesse prontamente? Com o Typle, você vira o legítimo dono do seu PC, usa a sua voz e economiza cliques para abrir programas, documentos e páginas da internet. E o melhor: não é necessário falar em um idioma específico. Fale em português ou até mesmo no dialeto ou idioma que você desejar.

Sente-se à frente do seu computador, ligue o microfone e saia distribuindo ordens. "Abrir Word", "Abrir Explorer", "Tocar Música", etc.



Tamanho: 595 KB
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SMART FLASH RECOVERY 4.0

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Recupere dados de qualquer tipo de armazenador - flash drives, drives USB, câmeras digitais, pendrives, etc, com esta ferramenta, compatível os sistemas FAT 16/32 e NTFS.

Basta inserir o drive, clicar em "Find" e determinar uma pasta onde os arquivos recuperados devem ser salvos. Só isso!

Smart Flash Recovery auxilia os usuários a recuperar arquivos perdidos em pen drives e memórias de câmeras digitais. O programa promete recuperar arquivos como fotos, mp3 e arquivos zipados e todos os documentos elaborados com o Microsoft Office.


Idioma: Inglês
Tamanho: 2.08 MB
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K-LITE CODEC PACK FULL 4.1.0

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K-Lite Codec Pack é uma coleção completa de codecs e ferramentas relacionadas para você assistir e ouvir todos os seus filmes, vídeos e músicas no computador. Ótimo principalmente para quem adora baixar arquivos na internet via compartilhadores P2P, pois hoje muitos dados contam com extensões diferentes (WMV, AVI, MPEG, MP4, MP2 etc.) e, sem os codecs, os players não conseguem rodá-los.


Mas afinal, o que são codecs?

Codecs são codificadores/decodificadores de sinais para tornar arquivos de áudio e vídeo reproduzíveis. Muitos deles não vêm pré-instalados com o sistema operacional, exigindo empenho por parte do usuário para encontrá-los na internet, uma vez que cada codec é disponibilizado separadamente pelos desenvolvedores.

Contudo, K-Lite Codec Pack Full busca reunir, num único pacote, todos os codecs essenciais para reproduzir desde os formatos mais populares até alguns raros. Em suma, é uma solução amigável para quem deseja reproduzir seus arquivos de mídia favoritos e não quer sofrer com pesquisas ou instalações problemáticas.


Idioma: Inglês
Tamanho: 17.4 MB
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MSN 2009

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Assim como as versões anteriores, o Windows Live Messenger 9 possui todos os recursos que você precisa para se comunicar por mensagem de texto, desenho, voz e vídeo.
Desta vez, o sucessor do MSN Messenger amplia os horizontes de personalização dos mensageiros instantâneos ao permitir que o usuário possa selecionar sons diferentes para as ações de cada amigo na sua lista de contatos.
A novidade mais divertida é a possibilidade de personalização do áudio do seu mensageiro. Agora você poderá escolher seus sons favoritos (com até 5 segundos) para as seguintes ações: novas mensagens recebidas, novos e-mails recebidos, chamadas de voz ou vídeo e alertas dos seus amigos.
Cada um dos seus contatos pode ter sons diferentes, ou seja, você poderá selecionar segmentos da música que lembra o seu(a) amado(a) e ela tocará assim que ele entrar no MSN ou enviar uma mensagem. Também é possível escolher uma assinatura sonora para que todos os seus amigos a escutem quando você ficar online. O sistema suporta arquivos em MP3, WAV e WMA.

Tamanho: 19 Mb
Formato: Rar
Idioma: Português

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MAÇONARIA - LANDMARKS

| quarta-feira, 24 de setembro de 2008 | 0 comentários |
MAÇONARIA

A maçonaria é uma associação de carácter universal, cujos membros cultivam a filantropia, justiça social, aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade, é assim uma associação iniciática, filosófica, filantrópica e educativa. Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autónomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e correctamente designadas) Lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si".
Sendo uma associação iniciática utiliza diversos símbolos, de entre estes alguns são conhecidos.
Cada Loja Maçónica é composta pelo Venerável Mestre (ou Presidente), que preside e orienta as sessões, pelo Primeiro Vigilante, que conduz os trabalhos e trata da organização e disciplina em geral e pelo Segundo Vigilante, que instrui os aprendizes. O Orador, que sumariza os trabalhos e reúne as conclusões é coadjuvado pelo Secretário, que redige as actas e trata da sua conservação e é responsável pelas relações administrativas entre a loja e a obediência e junto com o Venerável Mestre encontram-se a Oriente conjuntamente com o Venerável Mestre. O Mestre de Cerimônias, que introduz os irmãos na loja e conduz aos seus lugares os visitantes, e ajuda o Experto nas cerimônias de iniciação, o Tesoureiro, que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua organização financeira e por fim o Guarda do Templo (que nalguns Ritos e lojas é só externo noutros é externo e interno e ainda noutros ambos são ocupados por irmãos diferentes) e que vela pela entrada do Templo são outros oficiais igualmente importantes. Os cargos do Venerável Mestre ao Secretário são chamados as luzes da oficina.

LANDMARKS

Landmarks maçônicos, os quais o maçom deve seguir à risca. Existem outros, mas que só vão sendo conhecidos à medida que se avança de grau.

1. A Maçonaria é uma fraternidade iniciática que tem por fundamento tradicional a fé em Deus, Grande Arquiteto do Universo.

2. A Maçonaria refere-se aos "Antigos Deveres" e aos "Landmarks" da Fraternidade, especialmente quanto ao absoluto respeito das tradições específicas da Ordem, essenciais à regularidade da Jurisdição.

3. A Maçonaria é uma ordem, à qual não podem pertencer senão homens livres e de bons costumes, que se comprometem a pôr em prática um ideal de paz.

4. A Maçonaria visa ainda, o aperfeiçoamento moral dos seus membros, bem como, de toda a humanidade.

5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros a prática exata e escrupulosa dos ritos e do simbolismo, meios de acesso ao conhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe são próprias.

6. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um. Ela proíbe-lhes no seu seio toda a discussão ou controvérsia, política ou religiosa. Ela é ainda um centro permanente de união fraterna, onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriam estranhos uns aos outros.

7. Os Maçons tomam as suas obrigações sobre um volume da Lei Sagrada, a fim de dar ao juramento prestado por eles, o caráter solene e sagrado indispensável à sua perenidade.

8. Os Maçons juntam-se, fora do mundo profano, nas Lojas onde estão sempre expostas as três grandes luzes da Ordem: um volume da Lei Sagrada, um esquadro, e um compasso, para aí trabalhar segundo o rito, com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição e os Regulamentos Gerais de Obediência.

9. Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores de idade, de ilibada reputação, gente de honra, leais e discretos, dignos em todos os níveis de serem bons irmãos, e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem e o infinito poder do Eterno.

10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor da Pátria, a submissão às leis e o respeito pelas autoridades constituídas. Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas.

11. Os Maçons contribuem pelo exemplo ativo do seu comportamento são, viril e digno, para irradiar da Ordem no respeito do segredo maçônico.

12. Os Maçons devem-se mutuamente, ajuda e proteção fraternal, mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte de conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio, indispensáveis a um perfeito controle de si próprio.


GENGIS KAN

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Nascimento:1162 Proximidades do rio Onon(perto do lago Baikal), Mongólia
Falecimento:18 de Agosto de 1227 Local desconhecido.

Temudjin, mais conhecido como Gengis Khan, o bárbaro mongol, viveu de 1162 a 1227 e constituiu o maior império da História, unindo China, Turquia, Turkestão, Irã, Iraque e parte de Rússia.
A data de seu nascimento ainda continua incerta sendo uma data provavél 31 de Maio de 1162.

O exército mongol funcionava com precisão e eficiência admiráveis. Organizava-se em dezenas, formados por dez homens que atuavam juntos em combate, saque ou obtenção de suprimentos.

A cada dez dezenas havia um chefe. A cada cem um Kan. E cada mil formavam uma “horda” que era dirigida por um general submisso ao "Grande Khan".

Aprendiam a montar e a utilizar as armas, em especial o arco composto, desde crianças. Todos os homens não incapacitados até 60 anos deviam participar da caça e da guerra.

Dessa maneira, o exército mongol reunia literalmente a totalidade da população masculina adulta.

Os mongóis combatiam sob um restrito código de disciplina. O abandono de um companheiro na batalha era castigado com a morte.

Genghis Khan organizou seu exército de uma forma espetacular, seguindo um sistema decimal, (10 / 100 / 1000 / 10.000). A unidade de 10.000 homens era a maior unidade combatente, como uma divisão moderna, capaz de manter por si só uma prolongada luta.

Os soldados individualmente se identificavam com a unidade de 1.000 homens da qual tomavam parte - o equivalente a um regimento moderno. As tribos mongóis originárias formavam suas próprias unidades de 1.000 homens cada.

Os povos conquistados, como os tártaros e os Merkits, eram desagregados e divididos em unidades de 100 guerreiros, para que não pudessem ser uma ameaça organizada para a família reinante.

O exército estava dividido em dezenas (arban), centenas (yaghun), milhares (mingghan) e dezenas de milhares (tumen).

Os guerreiros mongóis eram especialistas em emboscadas e ataques de surpresa. Os chefes de seu exército faziam grande uso de patrulhas de reconhecimento e de movimentos sincronizados para atacar o inimigo em desvantagem. Eram dirigidos por seus respectivos chefes, mas os cinco generais mais importantes do exercito mongol foram denominados os “Lobos de Temudjin”: Bogorchu suanda (irmão jurado); Yebe a Flecha; Kubilai; Yelme e Subotei.

Estes generais eram guerreiros tão formidáveis, que os inimigos diziam que “eles se alimentavam de sereno e carne humana, e eram tão ferozes que o grande Kahn tinha que amarrá-los”. Quando os liberava para irem à guerra, cavalgavam ao vento diante dos arqueiros, com a boca aberta, babando de alegria.

Ao contrário de todos os exércitos da história, os Mongóis não levavam provisões em suas campanhas, viviam do que encontravam em suas marchas. No deserto sobreviviam bebendo sangue de cavalo (abriam uma pequena ferida para beber dele) e iogurte de leite de égua.

Tinham um hábil serviço de espionagem e estudavam e copiavam técnicas utilizadas pelos seus adversários, como os elefantes persas ou as máquinas pesadas dos chineses.

Os mongóis fizeram uso exaustivo do terror. Se a população de uma cidade era massacrada depois de sua captura, era mais provável que a próxima cidade se rendesse sem luta. Iam se rendendo, cidade após cidade, ante a chegada do exército mongol.

Genghis Khan, não construiu o maior império da história apenas com força bruta e matanças. Também era um grande estrategista, brilhante e bárbaro governante, e um terrível vingador.

Genghis Khan, ou Temudjin, que significa "o que trabalha o ferro", tinha muitos inimigos, entre os quais se destacavam:

- Targutai, que havia matado o seu pai e o perseguia para ser definitivamente o rei dos mongóis.

- Os Mekitas, que o perseguiam porque seu pai Yesuguei havia seqüestrado a bela Joguelún, a mãe de Temudjin.

- Yamuga, um amigo que havia realizado um pacto de sangue e que havia traído Temudjin.

O Grande Khan derrotou todos eles. Os chineses possuíam uma cidade completamente inexpugnável, que os mongóis não podiam vencer, mas sitiaram por longo período ocasionando enormes prejuízos.

O Grande Khan ofereceu aos chineses uma troca para levantar o sitio a cidade:

- “Dêem-me todos os pássaros e aves de sua cidade e eu os deixarei em paz”.

Os chineses fizeram isto com alegria e entregaram todos eles em grandes gaiolas.

Quando o Grande Khan teve as aves em seu poder, passou óleo em suas asas e ateou-lhes fogo e soltou, deixando que voassem para seus ninhos nos telhados da cidade, incendiando-a. Desesperados, os habitantes correram para fora, caindo pelas espadas mongóis.

Em uma batalha crucial contra seus inimigos Targutai e Yamuga, Temudjin, vendo que suas forças eram inferiores, fez com que cada soldado fizesse um boneco do porte de uma pessoa e o pusesse em cada um dos cavalos reserva: quando um cavalo se cansava, montavam no ao lado, sendo este exército um dos mais rápidos da história. O exército via-se duas vezes mais numeroso, atemorizando os adversários, o que foi decisivo para o desenlace vitorioso das batalhas.

O Grande Khan implantou o sistema de correios mais rápido da história, já que cada mensageiro ia a galope rápido, com um bom par de cavalos de reserva, utilizando um sistema de percurso com um alcance de 25 quilômetros por hora, durante 4 horas contínuas para levar as mensagens de um posto a outro.

Durante o percurso os soldados não paravam para trocar os cavalos, evitando perdas de tempo.

Quando os Merkitas raptaram a sua esposa, com ataques fulminantes destruiu vários acampamentos merkitas até encontrar a sua amada. Nesse mesmo dia fez amor com ela por toda noite, vindo seu primogênito a nascer nove meses depois.

A cavalaria mongol não podia fazer frente a uma carga da cavalaria pesada, pelo que simulavam fugir para provocar investidas exaustivas de seus inimigos e torná-los vulneráveis. Depois giravam velozmente, convertendo-se nos caçadores.

Quando suas conquistas os levaram a Hungria, ao não poder comparar a cavalaria rápida mongol com a cavalaria pesada húngara, que era muito afamada pelas proteções que utilizavam seus soldados, como peitoris, escudos e lanças, que naquelas épocas pesavam demais, mas eram imbatíveis nas lutas frente a frente, Gengis Khan simulava retiradas. Quando os cavalos húngaros se esgotavam debaixo do peso das armaduras, os mongóis contra-atacavam por todos os flancos com seus rápidos cavalos, indo atrás deles e atirando flechas e matando-os pelas costas.

Gengis Khan implantou um código de leis muito severas inspirado nas crenças e costumes turco-mongóis. Só seus Generais tinham certa imunidade contra estas leis, porque lhes permitia cometer certo número de erros, enquanto que para o resto do povo não havia perdão.

Antes da morte de Gengis, este estabeleceu seu filho, Ogedei, como seu sucessor. Ogedei encarregou-se de expandir o território mongol ao máximo, da Síria à Indochina, da Pérsia à Sibéria, da Hungria à China. Posteriormente, o grande império seria dividido em 4 partes, entre filhos e netos de Genghis, porém nenhum destes novos reinos, ou canatos, teria uma existência longa.

No início do século XIV, Timur, o Coxo, alegando ser descendente de Gengis Khan, se tornaria o Cã de um breve império mongol que abarcaria toda a Mesopotâmia, a Pérsia, o Afeganistão, o Paquistão e o norte da Índia. Ainda nesse século, os tártaros ressurgiriam, inspirados pelas conquistas de Genghis, para tomar o território do dissolvido Canato da Horda Dourada, na Rússia. Vários outros levantes mongóis de menor importância tomariam lugar nos séculos seguintes, mas o meio de vida nômade e a incapacidade de estabelecer uma indústria armamentista logo tornaria os hábeis cavaleiros montados obsoletos frente às novas artilharias dos países que ali faziam fronteiras.

Na Mongólia atual, Gengis Khan é considerado o herói máximo e o pai daquela nação, cujo culto à imagem jamais se deixou apagar, mesmo durante o regime comunista. O aeroporto da capital do país foi renomeado para Aeroporto Internacional Gengis-Khan, em homenagem ao imperador.

Contam as lendas que todos os envolvidos no enterro de Gengis Khan foram mortos para manter em segredo o local onde ele foi enterrado. E esse local realmente jamais foi encontrado.

A CONDESSA ELIZABETH BATHORY

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A Condessa Elizabeth Bathory (Erzsebet Báthory, do original), foi uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu. Os relatos sobre ela ultrapassam a fronteira da lenda e a rotulam através dos tempos como A Condessa de Sangue.Nascida em 1560, filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu numa época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de bata-lhas entre Turquia e Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita à doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma ótima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais.
Aos 14 anos engravidou de um camponês, e como estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, fugiu para não complicar o casamento futuro; que ocorreu em maio de 1575. Seu marido era um oficial do exército que, dentre os turcos, ganhou fama de ser cruel. Nos raros momentos em que não se encontrava em campanha de batalha, ensinava a Elizabeth algumas torturas em seus criados indisciplinados, mas não tinha conhecimentos da matança que acontecia na sua ausência por ação de sua amada esposa.
Quando adulta, Elizabeth tornou-se uma das mais belas aristocratas. Quem em sua presença se encontrava, não podia imaginar que por trás daquela atraente mulher, havia um mórbido prazer em ver o sofrimento alheio. Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com os criados era algo comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava motivos para aplicar punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas; muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Elizabeth enfiava agulhas embaixo das unhas de seus criados. Certa vez, num acesso de raiva, chegou a abrir a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca se rasgassem. Ganhou a fama de ser "vampira" por morder e dilacerar a carne de suas criadas. Há relatos de que numa certa ocasião, uma de suas criadas puxou seu cabelo acidentalmente aos escová-los. Tomada por uma ira incontrolável, Bathory a espancou até a morte. Dessa forma, ao espirrar o sangue em sua mão, se encantou em vê-lo clarear sua pele depois de seco. Daí vem a lenda de que a Condessa se banhava em sangue para permanecer jovem eternamente.
Acompanhando a Condessa nestas ações macabras, estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a Condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira.
Nos primeiros dez anos, Elizabeth e Ferenc não tiveram filhos pela constante ausência do Conde. Por volta de 1585, Elizabeth deu à luz uma menina que chamou de Anna. Nos nove anos seguintes, deu à luz a Ursula e Katherina. Em 1598, nasceu o seu primeiro filho, Paul. A julgar pelas cartas que escreveu aos parentes, Elizabeth era uma boa mãe e esposa, o que não era de surpreender; visto que os nobres costumavam tratar a sua família imediata de maneira muito diferente dos criados mais baixos e classes de camponeses.
Um dos divertimentos que Elizabeth cultivava durante a ausência do conde, era visitar a sua tia Klara Bathory. Bissexual assumida e muito rica e poderosa, Klara tinha sempre muitas raparigas disponíveis para ambas "brincarem".
Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Desse ponto em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para os insetos devorarem-na viva. Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pêlos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde a vítima fosse torturada pouco a pouco, erguendo-a de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que ir limpar-se para continuar o ato.
Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609 e não mais continuou como cúmplice, Elizabeth começou a cometer muitos deslizes. Deixava corpos aos arredores de sua moradia, chamando atenção dos moradores e autoridades. Com sua fama, nenhuma criada queria lhe servir e ela não mais limitou seus ataques às suas servas, chegando a matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio.

As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas pela acusada. Seus cúmplices foram condenados à morte e a Condessa de Bathory à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida.
Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Bathory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a idéia de ter a "Infame Senhora" sepultada na cidade.

Até hoje, o nome Erzsebet Báthory é sinônimo de beleza e maldade para os povos de toda a Europa.

FONTE: Spectrum Gothic

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MALLEUS MALEFICARUM

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O Malleus Maleficarum (traduzido para português como Martelo das Feiticeiras ou Martelo das Bruxas) é um livro escrito em 1484 e publicado em 1486 (ou 1487), por dois monges alemães dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger, que se tornou uma espécie de "manual contra a bruxaria". O livro foi amplamente utilizado pelos inquisidores por aproximadamente duzentos e cinqüenta anos, até o fim da Santa Inquisição, e servia para identificar bruxas e os malefícios causados por elas, além dos procedimentos legais para acusá-las e condená-las.

O Malleus Maleficarum traz inúmeras e exageradas descrições e, até certo ponto, apelativas e incoerentes. O livro divide-se em três partes distintas, sendo que cada parte subdivide-se em capítulos chamados de Questões. A primeira parte, que contém dezoito questões, ensina a reconhecer bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda parte traz apenas duas ques- tões, mas a primeira está subdividida em dezesseis capítulos e a segunda em oito capítulos. Esta segunda parte expõe os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os detalhadamente, e os métodos para desfazê-los. A terceira e última parte, que contém uma introdução geral e trinta e cinco questões subdivididas, condiciona as formalidades para agir "legalmente" contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las, tanto nos tribunais civis como eclesiásticos.

As teses centrais do Malleus Maleficarum fundamentaram-se na idéia de que o demônio, sob a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens para apropriar-se de suas almas. Este mal é feito prioritariamente através do corpo, único canal em que o demônio pode predominar. A influência demo- níaca é feita através do controle da sexualidade, e por ela, o demônio se apropria primeiramente do corpo e depois da alma do homem. Segundo o livro, as mulheres são o maior canal de ação demoníaca.

Ainda, a primeira e mais importante característica descrita no livro, responsável por todo o poder das feiticeiras, é copular com o demônio. Portanto, Satã é o "senhor do prazer". Dessa forma, uma vez obtida a relação com o demônio, as feiticeiras são capazes de desencadear todos os males, especialmente impotência masculina, impossibilidade de livrar-se de paixões desorde- nadas, oferendas de crianças à Satã, abortos, destruição das colheitas, doenças nos animais, entre outros. Porém, no próprio livro é citado que o coito com o demônio não seria exatamente carnal, já que estas criaturas eram espíritos, mas ocorria através de rituais orgíacos.

O surgimento do Malleus Maleficarum
No início do século IX, havia a crença popular sobre existência de bruxos que, através de artifícios sobrenaturais, eram capazes de provocar discórdia, doenças e morte. Por sua vez, a Igreja não aceitava a existência de bruxos e ainda, baseado no Conselho eclesiástico de São Patrício (St. Patrick), afirmava que "um cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demônio" e "pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu".

Na segunda metade do século X já havia penalidades severas para quem fizesse uso de artes mágicas. No século XIV (1326) a Igreja autoriza a Inquisição a investigar os casos de bruxaria. Pouco mais de cem anos depois, em 1430, teólogos cristãos começam a escrever livros que "provam" a existência de bruxos. O livro Formicarius, escrito por Thomas de Brabant, em 1480, aborda a relação entre o homem e a bruxaria.

Em uma sociedade na qual a religiosidade, política, sexualidade e artes estavam interligadas e sob o domínio da Igreja, transgredir as normas de conduta em apenas um desses campos, acarretaria, por conseqüência, numa transgressão generalizada e direta sobre o poder do clero. Dessa forma, sob o papado de Inocêncio VIII, o Malleus Maleficarum nasceu da necessidade que a Igreja Católica tinha de organizar e legitimar suas práticas, principalmente quando relacionadas à Santa Inquisição, que já atuava desde o final do século XII. Até aquele momento, não havia uma referência oficial que abordasse a questão da bruxaria. Fazia-se necessário um documento escrito, aprovado pelo corpo eclesiástico, que tivesse valor legal e determinasse com maior precisão possível, as práticas de feitiçaria e suas respectivas punições.

Heinrich Kramer e James Sprenger, através de uma bula de Inocêncio VIII, foram nomeados inquisidores para que investigassem as práticas de bruxaria nas províncias do norte da Alemanha e incumbidos de produzir a obra que institucionaliza-se e legitima-se a ação da Igreja. Por aproximadamente dois anos, encarregaram-se da produção do espesso trabalho de mais de quatrocentas páginas. Por fim, o Formicarius foi acoplado e passou a fazer parte do tratado eclesiástico intitulado Malleus Maleficarum. A imprensa, recém surgida, facilitou a divulgação da campanha movida pela Igreja contra as feiticeiras.

Mulheres & Feiticeiras
Tradicionalmente, nas culturas pré-cristãs, a mulher era objeto de adoração e respeito. Era a fonte doadora da vida e símbolo da fertilidade. Porém, mesmo sob a alegação formal de combater a heresia em todas as suas variações, as descrições contidas no Malleus Maleficarum, fundamentadas em conceitos de uma civilização patriarcal, contribuíram para construir uma idéia fantasiosa e infamante sobre as mulheres.

Esta idéia podia ser legitimada através do preceito que Eva surgiu de uma costela torta de Adão. Logo, ocorreu a associação que, conseqüentemente, todas as mulheres não podiam ser retas em sua conduta. Ainda, o pecado original ocorreu através do ato sexual (na metáfora de Adão e Eva comendo maçã) e, assim, a sexualidade era o ponto mais vulnerável do ser humano. Portanto, segundo o livro, "mas a razão natural está em que a mulher é mais carnal do que o homem, o que se evidencia pelas suas muitas abominações carnais".

Desse modo, qualquer mulher que se dispusesse a tratar pequenas enfermidades ou ferimentos com preparados do- mésticos à base de ervas, morasse sozinha e tivesse um animal de estimação (um gato, por exemplo), tivesse com- portamento pernicioso, entre outras alegações superficiais, podia ser acusada de bruxaria.

A tortura, como é sugerida no próprio Malleus Malefi- carum, era o método utilizado para extrair as confissões das supostas bruxas. Aparelhos como A dama de ferro e a Cadeira das Bruxas eram amplamente utilizados. Além de torturas menos sofisticadas, como aquecimento dos pés ou introdução de ferros sob as unhas. Deste modo, a ré passava por tantos suplícios que acabava por admitir as sentenças elaboradas pelo inquisidor.

Ainda, as lendas em torno das supostas bruxas propagavam-se entre o povo. Através da ação demoníaca, uma mulher podia ser capaz de se transformar em animais, voar e manipular a vontade, confundir o pensamento e a atitude de outras pessoas. Provocar ereção masculina ou a impotência sexual; além de inibir ou aumentar a libido de suas vítimas. As bruxas, em seus rituais, dançavam nuas nos campos e se alimentavam de fetos e cadáveres.

Atualmente, aos olhos da ciência moderna, principalmente da psicanálise, diversos "sintomas e indícios" de possessão demoníaca descritos no Malleus Maleficarum são apenas disfunções mentais, como histeria e alucinações. O ocorrido em Salem, Nova Inglaterra, no fim do século XVII, é um bom exemplo de histeria coletiva. Ainda sob o olhar dos historiadores modernos, os motivos que levaram à produção do Malleus Maleficarum não são mais que artimanhas políticas com pouca ou nenhuma argumentação religiosa.

De qualquer forma, o Malleus Maleficarum é um produto religioso e político dos mais significativos da Idade Média. Não é possível dissociá-lo do contexto histórico da Santa Inquisição, da Igreja Católica medieval, tampouco dos principais acontecimentos daquela época, como a peste negra, a queda do sistema feudal, a invenção da imprensa e o início da Renascença. Isto porque, de forma direta ou até mesmo contraditória, um acontecimento impacta sobre outro. Assim, o Malleus Maleficarum é mais que um "código penal eclesiástico" utilizado na Idade Média; é um registro fiel do que foi parte do pensamento da Igreja Católica medieval, com uma imensa oposição à figura da mulher e um desejo ensandecido de manter a autoridade política, econômica e religiosa e, desse modo, de todo um contexto deste capítulo da história da humanidade.
FONTE: Spectrum Gothic

TETRAGRAMMATON

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O Tetragrama


Para que compreendamos o que significa o Tetragrammaton é necessário, antes de tudo, definir acrônimo. A palavra acrônimo tem origem no grego (akron = extremidade + onymo = nome) e significa o conjunto de letras, pronunciado como uma palavra, formado a partir das letras iniciais (ou de sílabas) de palavras sucessivas que constituem uma denominação. Por exemplo, a sigla NASA (National Aeronautics and Space Administration) é um acrônimo.

Dessa forma, a palavra Tetragrama tem origem no grego (tetra = quatro + gramma = letra) e significa a expressão escrita, constituída de quatro letras ou sinais gráficos, destinada a representar uma palavra, acrônimo, abreviatura, sigla ou a pauta musical de quatro linhas do canto-chão.

Acredita-se que o Tetragrama hebraico designa o nome pessoal do "Deus de Israel", como foi originalmente escrito e encontrado na Torah, o primeiro livro do Pentateuco. Este tetragrama varia como YHWH, JHVH, JHWH e YHVH. Em algumas obras, especialmente no Antigo Testamento escrito em sua maioria em hebraico com partes em aramaico, o Tetragrama surge mais de 6 mil vezes (de forma isolada ou em conjunção com outro nome divino).

O impronunciável nome de Deus

A tradição esotérica dos judeus, a cabala, considera o nome de Deus sagrado e impronunciável. Possivelmente, a origem deste conceito está no terceiro Mandamento: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão". (Êxodo - Capítulo XX - Versículo VII). Assim, um grupo de sábios judeus, conhecidos como Massoretas, incorporou "acentos" que funcionavam como vogais e viabilizavam a pronúncia do tetragrama, resultando na palavra Adonai (Senhor), que passou a ser utilizada para pronunciá-lo. Os nomes Jeová, Iehovah, Javé, Iavé, ou ainda Yahweh, são adaptações para a língua portuguesa da palavra Adonai, e não do tetragrama original.

Porém, há ainda uma crença entre os judeus do início do período cristão, que a própria palavra Torah seria parte do nome divino. Há outra relação interessante encontrada nos nomes originais de Adão e Eva, Yod e Chawah, respectivamente. Uma combinação entre estes dois nomes resulta numa das variações do tetragrama, YHWH, fato que sugere uma relação entre Criador e criatura. Com o decorrer do tempo, foram adotados outros termos para se referir ao Tetragrama: "O Nome", "O Bendito" ou "O Céu".

O místico cristão, Jacob Boehme, utilizando-se de uma cabala gráfica (conhecida como Árvore da Vida), encontrou os 72 Nomes de Deus (publicado em 1652, no livro Oedipus Aegypticus). Sendo que todos são formados por apenas quatro letras, o que caracteriza mais uma vez o tetragrama. Seguindo este raciocínio, encontramos também Tupã (divindade dos índios brasileiros), Yang (em chinês, possui vários significados, entre eles, Deus do bem), Bara (o equivalente à Deus na seita islâmica Beahismo) e Xiva (divindade Hindu).

Tetragrammaton: Símbolo e Amuleto

Se considerarmos que as letras de um alfabeto nada mais são que sinais gráficos, o Tetragrama, em sua representação gráfica, conhecido como Tetragrammaton, é uma complexa combinação de letras do alfabeto hebraico, grego e latino, associados a diversos símbolos conhecidos no ocultismo. Nele encontra-se o pentagrama entrelaçado, símbolos zodiacais, algarismos e formas geométricas, entre outras representações.

No ocultismo, incluindo suas diversas ramificações, o Tetragrammaton desempenha uma função muito importante, sendo usado em rituais e invocações e na forma de talismãs. Os ocultistas interpretam o Tetragrammaton e outros símbolos cabalísticos nele contidos, como poderosos signos mágicos, capazes de potencializarem rituais abrindo as portas da consciência humana.

Acompanhe a descrição de alguns elementos do Tetragrammaton:

Pentagrama

O pentagrama assume diversos significados de acordo com o contexto em que é encontrado. Neste caso, é a base do Tetragrammaton. Assim, podemos interpretá-lo como símbolo do "Homem Realizado". Isto é, uma representação da entidade humana evoluída em todos os estágios espirituais.

Os olhos do Pai - Júpiter

No ângulo superior do Pentagrama, encontramos "Os olhos do Pai" e a representação do planeta Júpiter. Uma alusão aos olhos do Criador, o espírito, o poder que coordena tudo e todos.

Marte

Nos "braços" do Tetragrammaton encontra-se o símbolo astrológico e zodiacal do planeta Marte, representando a Força, ou a Energia pura da criação.

Saturno

Nos ângulos inferiores está a representação astrológica e zodiacal do planeta Saturno. É um dos principais símbolos usados na Magia, representando os mestres que anularam o próprio ego e as falhas inerentes ao ser humano, atingindo assim, a perfeição.

Sol e Lua

Posicionados nas linhas verticais do Pentagrama, próximos ao centro da figura, o Sol e a Lua fazem referência aos pólos femininos e masculinos da criação, contidos em todos os organismos, incluindo o Microcosmos e o Macrocosmos.

Mercúrio e Vênus

Estes símbolos são amplamente encontrados na literatura alquímica e são representações astrológicas e zodiacais destes planetas. Localizados sobrepostos no centro da figura, referem-se à união dos pólos de onde surgirá o Caduceu de Mercúrio.

Caduceu de Mercúrio

O Caduceu de Mercúrio é o símbolo alquímico da transmutação. Associado aos símbolos superiores de Mercúrio e Vênus, refere-se à criatura, ou seja, o resultado da união entre os pólos feminino e masculino, entre as forças lunares e solares, e o ponto de equilíbrio entre eles. Por estar localizado no centro da figura, também pode ser interpretado como a "coluna vertebral", ou, Kundalini, responsável pela união da energia sexual entre as polaridades.

Jehova

Esta inscrição hebraica é um tetragrama pronunciado Jehova (lê-se da direita para a esquerda), sendo mais uma das várias alusões ao "Nome de Deus".

Alfa e Omega

Alfa e Omega são, respectivamente, a primeira e última letra do alfabeto grego. Esta é uma referência ao princípio e fim de todas as coisas. Alfa está abaixo dos "Olhos do Pai". Omega encontra-se invertido, na base do Caduceu de Mercúrio. Isto pode significar o caldeirão utilizado pelos alquimistas, ou ainda, o caldeirão (útero) da Deusa, para alguns ocultistas.

Binário

Localizados fora do pentagrama, os números 1 e 2 são referências à bipolaridade; isto é, uma representação de que todas as coisas possuem dois lados. Seguindo este conceito, podemos também compreendê-los como outra manifestação dos pólos masculino e feminino, início e fim, bem e mal, entre outros.

Logos

Logos é uma palavra grega que significa razão, mas também é interpretada como "fonte de idéias" e "verbo divino". Associado ao Tetragrammaton, os números 1, 2 e 3 representam respectiva-mente o Pai, a Mãe e o Filho. Também pode ser interpretado como a Tríade do Cristianismo (Pai, Filho e Espírito Santo) ou como o triângulo, amplamente encontrado nas tradições esotéricas.

Cálice

O cálice significa o pólo feminino da criação. Na alquimia é utilizado para representar o elemento Água.

Espada Flamejante

A "espada de fogo", dentro do contexto alquímico, representa o próprio elemento fogo. Porém, associado ao Tetragrammaton, assume o papel do pólo masculino e do pênis, símbolo de fertilidade entre as antigas tradições.

Báculo

Báculo é o bastão comumente usado por Magos. Está dividido em sete escalas representando os estágios de evolução. Na alquimia está relacionado ao elemento Terra.

Hexágono do Mago

O hexágono do Mago representa o domínio do espírito sobre a matéria. Na alquimia está relacionado ao elemento Ar.


Não é possível definir apenas uma relação entre os vários símbolos que compõem o Tetragrammaton e tampouco uma finalidade específica desse conjunto. Seus sinais transitam entre correntes tão distantes que a interpretação, em certos casos, chega a ser paradoxal.

Se observarmos estas combinações simbólicas através do ângulo alquímico, teremos um determinado resultado. Porém, se analisado através dos conceitos astrológicos, por exemplo, a conclusão poderá ser totalmente distinta. Assim, a atenção e perspicácia do observador tornam-se fundamentais para decifrar o Tetragrammaton, um dos mais antigos e poderosos símbolos da espiritualidade humana.

FONTE: Spectrum Gothic